Anoiteceu, Tsuru prostou-se em reverência às estrelas, erguendo os olhos se posicionou de acordo às coordenadas fornecidas por estrelas distantes, e indubitavelmente inexistentes...
Certo, estou posicionado com as costas para o sul, e minha fronte para o norte, ótimo, sinto-me bem, meu corpo esta relaxado e não sinto mais tanta dor em minha perna, meu estado meditativo deve ser maior que qualquer dor, qualquer perturbação exterior ou de meus próprios pensamentos, serei maior que qualquer duvida, serei apenas certezas, uno com o todo.
Com o dedo indicador, Tsuru risca um circulo completo em torno de si mesmo, era o seu círculo mágico, seu ponto de convergência, de onde tudo parte, para onde tudo converge, era algo simples, ele ali e um circulo na areia, mas era assim mesmo a representação geométrica da força elementar e geradora de todas as coisas, vistas e não vistas. O círculo expressa a totalidade do universo e da alma humana. O centro é o espaço de Deus ou o âmago de nossa mente, um yantra, uma imagem que serve como guia para a contemplação e a iluminação, um portal para outros espeços, outras dimensões.
Pai Saguian, diretor das leis que regem o universo, guie-me nessa minha viagem, viagem que inicio agora não com minhas pernas, e sim, nos tapetes quânticos e dimensionais de sua indescritível criação, para que eu possa continuar minha busca e enfim completar minha missão, preciso que me leve ao sopro humano mais próximo daqui, creio com toda a força de meu coração que poderei conduzir meu self superior à outras pairagens, e descobrir exatamente onde estou, guie-me Saguian, sou forte em seu poder!
Eis um momento singular, viajar, sem tirar os pés do chão.
Um guerreiro nunca desiste, mesmo que falhe, mesmo que sofra, mesmo que todas as condições fundamentais para manutenção de suas forças, sua estrutura humana e mesmo sua própria vida não pareçam possuir mais sustentação, ele crê no uqe esta dentro de si, naquilo que lhe diz continua mente:
Tente outra vez!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Transcender
Muito bem, levantar-se, EU SAIREI DAQUI!! E CHEGAREI AO MEU OBJETIVO!! – Tsuru grita em alto brado.
Ok, preciso antes de mais nada concentra-me, as coisas aqui fora são e serão exatamente o que eu sinto e penso em minha mente, estou perdido, mas sei para onde estão indo, este destino existe e portanto já existe também meu caminho até ele, preciso agora construir a ponte até isso, e ela precisa ser construída antes em meus pensamentos, já dizia uma antiga civilização, que a maior distância do universo vai do coração à mente, sábio pensamento.
O sol já esta se pondo, poderei ao menos ver o Cruzeiro do Sul e determinar minha posição. Sei que devo seguir o leste para encontrar o ferreiro, mas agora preciso descobrir se existe algum sinal de vida aqui por perto, deve haver, sem dúvida haverá.
Com um pedaço do couro de sua calça já em trapos, tsuru colhe pequenas piabas nas poças d´agua, alimenta-se delas e assiste ao pôr do sol em posição de lótus, que lhe traz dor, mas ele estaria ali sem duvida, preparando seu ritual de transcendência da dor, do medo e do do próprio especo físico e ermo em que se encontrava.
Momento de silenciar, de resistir ao dialogo interno que tanto prejudica a integridade de nossos pensamentos e a conservação de nossa real natureza, filhos da luz, perfeitos, inegavelmente capazes de tudo.
E tsuru sabia disso, ia agora colocar em prática.
Silênciio, absorver os últimos raios solares.
O Deus sol se despede.
Ok, preciso antes de mais nada concentra-me, as coisas aqui fora são e serão exatamente o que eu sinto e penso em minha mente, estou perdido, mas sei para onde estão indo, este destino existe e portanto já existe também meu caminho até ele, preciso agora construir a ponte até isso, e ela precisa ser construída antes em meus pensamentos, já dizia uma antiga civilização, que a maior distância do universo vai do coração à mente, sábio pensamento.
O sol já esta se pondo, poderei ao menos ver o Cruzeiro do Sul e determinar minha posição. Sei que devo seguir o leste para encontrar o ferreiro, mas agora preciso descobrir se existe algum sinal de vida aqui por perto, deve haver, sem dúvida haverá.
Com um pedaço do couro de sua calça já em trapos, tsuru colhe pequenas piabas nas poças d´agua, alimenta-se delas e assiste ao pôr do sol em posição de lótus, que lhe traz dor, mas ele estaria ali sem duvida, preparando seu ritual de transcendência da dor, do medo e do do próprio especo físico e ermo em que se encontrava.
Momento de silenciar, de resistir ao dialogo interno que tanto prejudica a integridade de nossos pensamentos e a conservação de nossa real natureza, filhos da luz, perfeitos, inegavelmente capazes de tudo.
E tsuru sabia disso, ia agora colocar em prática.
Silênciio, absorver os últimos raios solares.
O Deus sol se despede.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
iluminado

Tsuru apenas caminhava, lentamente, arrastando-se e por muitas vezes caindo.
O horizonte não mostrava outra paisagem a não ser terrenos alagados, montes distantes e árvores se poucas folhas.
O horizonte não mostrava outra paisagem a não ser terrenos alagados, montes distantes e árvores se poucas folhas.
Merda!Não chegarei a lugar nenhum, nem sei em que posição devo estar, não tenho mais a menor paciência para pensar em construir nada! E essa perna, ai! Droga!! Quantas vezes mais cairei, estou cansado pai Saguian, não posso mais continuar, é uma busca sem direção, estou perdido, desirtirei!
Tsuru caído ao chão ao lado de sua muletas, ofegante e cansado, entrega-se a pensamentos de uma infinitude incomensurável, sua angustia caso fosse um grito, certamente poderia ser ouvido em sua vila, talvez assim alguém pudesse vir socorre-lo, ele desejava isso, que algo acontecesse, que alguém aparecesse, mas ele ali caído, parecia ser o único acontecimento entre tudo que o rodeava.
Porque fiz essa escolha? Nunca deveria ter saído de meu reino, morrerei aqui só e minha família sequer saberá disso, segundo as regras das travessias, não é permitido buscas de guerreiros que demoram a retornar, isso poderia custar vidas preciosas, tanto quanto a de quem resolveu iniciar sua busca. A minha era encontrar o ferreiro e forjar minha espada, mas isso agora me parece algo tão distante que mal posso conceber a importância disso agora.
Olhando para o céu anil e de poucas nuvens, seu corpo é banhado pelo sol braseiro, isso o descansa, tudo estava absolutamente parado, estático, sem nenhum som, até que, uma borboleta assenta-se na ponta do nariz de Tsuru, isso o intriga, isso o iluminaria.
Após algumas batidas de suas asas amarelas como a carne maciça de uma deliciosa manga, fruta ao qual nosso guerreiro tanto aprecia,aquele ser tão delicado e belo, parte sem aviso, tsuru voltou a lembrar de seu avô Shalman, e imediatamente lhe veio à mente um conto zen, curtinho, vindo das terras do oriente, e de grande sabedoria nele contida. Seu avô lhe havia narrado esse conto numa das preciosas noites frias da vila em torno da fogueira, era o conto da borboleta, assim ele ouviu dos lábios finos de seu avô Shalman:
Certa vez o mestre taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta, voando alegremente aqui e ali. No sonho ele não tinha mais a mínima consciência de sua individualidade como pessoa. Ele era realmente uma borboleta. Repentinamente, ele acordou e descobriu-se deitado ali, um pessoa novamente.Mas então ele pensou para si mesmo:“Fui antes um homem que sonhava ser uma borboleta, ou sou agora uma borboleta que sonha em ser um homem?”
Tsuru alegrou-se naquele instante, ouviu esse conto ainda em sua tenra idade, quando ainda lhe afiguravam as coisas de menino, era agora um homem, iluminado pelo sol e pelo toque da borboleta, que o remeteu a algo que ele nunca havia compreendido direito, aquele conto para ele tinha apenas uma beleza singela e singular, sua simplicidade o alegrava, e ele agora o compreendera.
Aquele ser o havia iluminado.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Continuar caminhando

Minha perna direita parece estar quebrada, como conseguirei sair daqui? Onde realmente estou? Para onde ir? Mal consigo acreditar que um dia vivi em um castelo cercado de pessoas, festas, risos, luxo e tudo o que eu precisava pra ser feliz, hoje estou aqui, só, e sentindo essa terriível sensação que tudo isso, todo esse esforço em tornar-me um honrado guerreiro e voltar à vila com toda glória, de nada vale, minha luta é sem sentido e maldita, como partirei em busca do ferreiro sem nem ao menos saber onde estou? Sobrevivi à tempestade, sobreviverei agora? O que fazer?
Tsuru sente a perfídia sensação de abandono, solidão e esquecimento, levanta-se com um esforço sem medida e tenta colocar-se de pé, mas cai, tem certeza agora que sua perna esta realmente quebrada, sente-se como um elefante que ferido foi deixado para trás pelo resto do bando, e será em breve abatido pelos terríveis sentimentos da alma, e pela falta de vigor e alimento que uma travessia imprime ao peregrino.
Farei uma tala, há muitas árvores aqui e vou procurar uns galhos fortes para fazer um apoio e uma tala , isso vai doer, mas vai colocar esse osso no lugar e me permitir andar, não posso ficar aqui parado, por mais que eu seja um poço de duvidas e descrença, é preciso caminhar.
Quebrando galhos e usando rasgos de sua calça de couro, Tsuru faz uma tala para imobilizar a perna e com outros pedaços de madeira, apoios para se locomover, consegue criar pernas artificiais e resistindo a dor, caminha lentamente para fora daquele charco, enquanto caminha cria versos em sua mente para elevar a alma e distancia-lo dos mosntros internos.
Lama úmida e breu fértil
Eis aqui seu guerreiro
Um peito cheio de flechas e amores
Esses pés caminharam os mais lindos bosques de crisálidas
Alfazema, Artemísia, lirios...
Sonhei que um dia era um dragão
E das ventas brumas quentes de um coração valente
Cuspia fogo e um fogo advindo da alma
Eis a cor da coragem
Eis minha sina infame
Para amar mais, morrer ao fim do dia, renascer em pulsar vivido de lancinante dor por ser eu.
Sereno busco o furor das ondas, e a quietude das montanhas
Este é o meu legado
Palavras, e olhos de diamante.
O charco ainda fazia parte da paisagem do guerreio, todo o céu se refletia nas poças adiante, enquanto as já pisadas, eram matizes de luz e caos.
Tsuru sente a perfídia sensação de abandono, solidão e esquecimento, levanta-se com um esforço sem medida e tenta colocar-se de pé, mas cai, tem certeza agora que sua perna esta realmente quebrada, sente-se como um elefante que ferido foi deixado para trás pelo resto do bando, e será em breve abatido pelos terríveis sentimentos da alma, e pela falta de vigor e alimento que uma travessia imprime ao peregrino.
Farei uma tala, há muitas árvores aqui e vou procurar uns galhos fortes para fazer um apoio e uma tala , isso vai doer, mas vai colocar esse osso no lugar e me permitir andar, não posso ficar aqui parado, por mais que eu seja um poço de duvidas e descrença, é preciso caminhar.
Quebrando galhos e usando rasgos de sua calça de couro, Tsuru faz uma tala para imobilizar a perna e com outros pedaços de madeira, apoios para se locomover, consegue criar pernas artificiais e resistindo a dor, caminha lentamente para fora daquele charco, enquanto caminha cria versos em sua mente para elevar a alma e distancia-lo dos mosntros internos.
Lama úmida e breu fértil
Eis aqui seu guerreiro
Um peito cheio de flechas e amores
Esses pés caminharam os mais lindos bosques de crisálidas
Alfazema, Artemísia, lirios...
Sonhei que um dia era um dragão
E das ventas brumas quentes de um coração valente
Cuspia fogo e um fogo advindo da alma
Eis a cor da coragem
Eis minha sina infame
Para amar mais, morrer ao fim do dia, renascer em pulsar vivido de lancinante dor por ser eu.
Sereno busco o furor das ondas, e a quietude das montanhas
Este é o meu legado
Palavras, e olhos de diamante.
O charco ainda fazia parte da paisagem do guerreio, todo o céu se refletia nas poças adiante, enquanto as já pisadas, eram matizes de luz e caos.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Calmaria

O sopro divino deixou meu veículo denso, devo estar morto, transitando entre universos paralelos antes de minha derradeira entrada nas moradas celestes de Saguian, a divina personalidade, o mestre supremo, a essência pura.
Há luz!
Sinto meus dedos
Algo dói em minha perna, a dor é em si inexistentes nos reinos superiores, creio que ainda estou vivo.
Abrindo as pálpebras levemente como uma borboleta em seu esforço para sair de seu casulo, Tsuru respira os primeiros raios da manhã pós tempestade, tudo agora é calmaria, até mesmo o vento é tão suave que parecem notas musicais de uma sinfonia cosmicamente doce e calma.Deitado, e tendo seu corpo semi mergulhado em água, Trsuru vê a imensidão do céu, não há mais altas árvores, move os braços e sente dores, sentando-se com muito esforço, leva uma das mãos ao tórax e demonstra mais dor em um gemido bruto, porém em baixo tom, e ainda assim era o único som a se ouvir naquele amanhecer. Senta-se, percebe que o lugar onde a enxurrada o levou é muito diferente da margem ode se instalara para iniciar sua travessia, é um charco, centenas de árvores sem folhas de raízes n´água a se perder de vistas, parecem veias de um corpo azul e imenso.
Há luz!
Sinto meus dedos
Algo dói em minha perna, a dor é em si inexistentes nos reinos superiores, creio que ainda estou vivo.
Abrindo as pálpebras levemente como uma borboleta em seu esforço para sair de seu casulo, Tsuru respira os primeiros raios da manhã pós tempestade, tudo agora é calmaria, até mesmo o vento é tão suave que parecem notas musicais de uma sinfonia cosmicamente doce e calma.Deitado, e tendo seu corpo semi mergulhado em água, Trsuru vê a imensidão do céu, não há mais altas árvores, move os braços e sente dores, sentando-se com muito esforço, leva uma das mãos ao tórax e demonstra mais dor em um gemido bruto, porém em baixo tom, e ainda assim era o único som a se ouvir naquele amanhecer. Senta-se, percebe que o lugar onde a enxurrada o levou é muito diferente da margem ode se instalara para iniciar sua travessia, é um charco, centenas de árvores sem folhas de raízes n´água a se perder de vistas, parecem veias de um corpo azul e imenso.
A água em que me encontro é salobra e de uma cor levemente amarronzada, boa para beber.
Não sei como ainda estou vivo, todo meu corpo dói e devo provavelmente estar com alguns ossos quebrados, Saguian deve realmente ter atendido meu pedido, em ti sou uno meu guia, e a ti serei fiel pelo resto de meus dias.
Observando ainda a paisagem e o sabor único daquilo que tem fôlego e louva a suprema criação, Tsuru irradia paz e fé. Está novamente em algum lugar que não sabe onde, perdeu todas as suas coisas na tempestade, todos os suprimentos e preparativos, as sementes guardades, os alimentos colhidos, as cotas de couro preparadas . Sentiu mesmo que tudo é mesmo imprevisível, ainda mais em se falando da natureza, que em certos momentos parece as dores que causamos a ela. Tsuru inicia um mantra, canta um hino que sua mãe o ensinou, dizia ela, que essa melodia entoada varias tem o poder de curar males. Ele não recorda que tipo de males, mas sabe que a dor é algo que lateja, por muitas vezes a mente, outras o corpo, e tantas outras a alma. Esperançar, revitalizar e abrandar as dores.
Tsuru canta.
Não sei como ainda estou vivo, todo meu corpo dói e devo provavelmente estar com alguns ossos quebrados, Saguian deve realmente ter atendido meu pedido, em ti sou uno meu guia, e a ti serei fiel pelo resto de meus dias.
Observando ainda a paisagem e o sabor único daquilo que tem fôlego e louva a suprema criação, Tsuru irradia paz e fé. Está novamente em algum lugar que não sabe onde, perdeu todas as suas coisas na tempestade, todos os suprimentos e preparativos, as sementes guardades, os alimentos colhidos, as cotas de couro preparadas . Sentiu mesmo que tudo é mesmo imprevisível, ainda mais em se falando da natureza, que em certos momentos parece as dores que causamos a ela. Tsuru inicia um mantra, canta um hino que sua mãe o ensinou, dizia ela, que essa melodia entoada varias tem o poder de curar males. Ele não recorda que tipo de males, mas sabe que a dor é algo que lateja, por muitas vezes a mente, outras o corpo, e tantas outras a alma. Esperançar, revitalizar e abrandar as dores.
Tsuru canta.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A Tempestade
Não posso crer, que tormenta, a chuva transformou-se numa terrível tempestade.
Sou tomado de açoite por galhos, pedras, folhas e lama, muita lama. È tanta água em meu rosto que mal consigo enxergar.
Surdam-me os trovões, que barulho amedrontador meu Saguian, olhe por mim neste momento, já não posso mais crer que conseguirei um lugar seguro para me proteger dessa tempestade, me vem todos os tipos de imagem em minha mente assustada, minha família, meus amigos, a mulher que amo e com quem desejo viver os restos de meus dias, os filhos que desejo ter, as flores que ainda não conheço, que terror!! Estaria eu sendo condenado neste momento? O que teria eu feito? o que teria eu deixado de fazer? Não!! Não posso dessistir!! Não posso!!
Tsuru se vê no olho do furacão, mal consegue enxergar o que está à frente, agarra-se ao tronco de uma árvore, em seu coração valente porém com uma mente ainda mal treinada para as tormentas da existência, crê ainda que conseguirá seguir em frente, e realmente é preciso crer, um guerreiro nunca desiste, mesmo quando tudo parece perdido.
Tsuru é arrastado por uma imensa quantidade de água que subitamente desce o rio com toda voracidade, parecia viva, parecia uma imensa boca salivando de fome.
Tsuru é arrastado pela correnteza de lama, destroços e caos.
Seu ultimo olhar antes de ser tragado por essa impiedosa força da natureza,
poderia caber a lua.
Sou tomado de açoite por galhos, pedras, folhas e lama, muita lama. È tanta água em meu rosto que mal consigo enxergar.
Surdam-me os trovões, que barulho amedrontador meu Saguian, olhe por mim neste momento, já não posso mais crer que conseguirei um lugar seguro para me proteger dessa tempestade, me vem todos os tipos de imagem em minha mente assustada, minha família, meus amigos, a mulher que amo e com quem desejo viver os restos de meus dias, os filhos que desejo ter, as flores que ainda não conheço, que terror!! Estaria eu sendo condenado neste momento? O que teria eu feito? o que teria eu deixado de fazer? Não!! Não posso dessistir!! Não posso!!
Tsuru se vê no olho do furacão, mal consegue enxergar o que está à frente, agarra-se ao tronco de uma árvore, em seu coração valente porém com uma mente ainda mal treinada para as tormentas da existência, crê ainda que conseguirá seguir em frente, e realmente é preciso crer, um guerreiro nunca desiste, mesmo quando tudo parece perdido.
Tsuru é arrastado por uma imensa quantidade de água que subitamente desce o rio com toda voracidade, parecia viva, parecia uma imensa boca salivando de fome.
Tsuru é arrastado pela correnteza de lama, destroços e caos.
Seu ultimo olhar antes de ser tragado por essa impiedosa força da natureza,
poderia caber a lua.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O Vento
O vento tem ficado mais forte nos últimos dias, as chuvas estão chegando. Nossa! Como está ficando escuro o céu, e o vento mais forte, tudo cinza, uma imensa e densa nuvem cinza toma rapidamente todo o céu, tudo está balançando, tudo grita.
Sou tomado de açoite por folhas, galhos e até mesmo pedras que se erguem por meio de redemoinhos errantes, minha barraca sacoleja como que ao sopro de um gigante. Relâmpagos, vejo relâmpagos, hoje vai ser uma noite daquelas.
Oh, meu guia, proteja-me, não me deixe esquecer minha força, fortaleça a minha fé!
Vejo-me em meio a uma tempestade que se anuncia.
Estou só
Sinto medo.
Sou tomado de açoite por folhas, galhos e até mesmo pedras que se erguem por meio de redemoinhos errantes, minha barraca sacoleja como que ao sopro de um gigante. Relâmpagos, vejo relâmpagos, hoje vai ser uma noite daquelas.
Oh, meu guia, proteja-me, não me deixe esquecer minha força, fortaleça a minha fé!
Vejo-me em meio a uma tempestade que se anuncia.
Estou só
Sinto medo.
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