quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Remar


Pois que me foi assim designado, deixar a vila em dia de Lua. Era minha única fonte de luz, nada me foi permitido portar que produzisse qualquer forma de luz ou calor.


Remar, remar, essa era a única premissa, seguir o curso da corrente e ancorar níveis adiante. O barulho do remo na água, com sua pá lembrando o rabo de um tucunaré, era ainda assim, macio e isso acalmava, era bom! Incrementava a sensação instigante que o medo me tomava, e me sobressaltava a ferrenha pergunta: - O que haverá lá do outro lado da margem? Ainda tão nublada daqui de onde estou. - Pensei sem pronunciar naquela escuridão imensa.
Remar apenas.


Xuáááááá.

Xuáááááá...

Um comentário:

Mai ۞ disse...

lindoo...remar sempre...evolução eterna.